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5 dicas para o seu filho gostar de ler.

15/06/2011 12:28

Esta é uma pergunta que também venho me fazendo há algum tempo. Como estimular o prazer pela leitura?

Dia desses eu estava conversando com uma amiga e ela me falava da paixão que a sua filha tem pelos livros. Algo natural, ninguém precisa obrigá-la a estudar, fazer os deveres de casa. Quer agradá-la? Basta dar-lhe de presente um livro legal. Como seria bom se todas as crianças tivessem essa pré-disposição para a leitura! Mas isso não significa que o interesse não possa ser desperto, concorda?

Além do gosto por livros não ser estimulado da forma como deveria, grande parte das crianças tem preguiça de ler. Sem saber, julgam uma perda de tempo (poderiam estar brincando), uma chatice ficar ali parada com um texto em mãos, acham que é uma prática tediosa e, por isso, não se interessam (muitas vezes porque não entendem o que estão lendo). O começo de tudo é mostrar que ler pode ser muito mais legal do que elas imaginam. Como bem disse Rubem Alves: "Um livro é um brinquedo feito de letras. Ler é brincar."

Vamos a algumas dicas?

  1. Tenha uma biblioteca em casa. Não precisa ser algo grandioso, mas reserve um espaço agradável com prateleiras ou estantes coloridas e compre livros para o seu filho. Use a sua criatividade e crie um local aconchegante para que ele possa estudar e sentir vontade de passar um tempo ali, seja desenhando, folheando livros, etc. Um espaço só dele para deixar fluir a criatividade.
  2. Inclua uma rotina para a aquisição de novos livros. Leve-o periodicamente à livrarias ou sebos. Deixe-o escolher os títulos que mais lhe agradarem. Há livrarias muito legais com um espaço dedicado ao público infantil que torna a visita ainda mais interessante. 
  3. Existem crianças que não gostam de ler, mas adoram ouvir. Se o seu filho ainda não sabe ler ou não despertou o gosto pela leitura, leia pra ele. Crianças adoram ouvir estórias! Ler para elas as ajuda a compreender melhor o texto e as auxilia na capacidade de interpretação do mesmo. Se o seu filho já é alfabetizado, que tal ler junto com ele? Revesem parágrafos ou capítulos, você começa lendo um e deixe-o ler o outro. Conversem sobre os principais pontos da estória. Essa interação pais e filhos é muito divertida, estimulante e importante na criação do hábito da leitura.
  4. Não o force. Ler deve ser algo natural. Forçar seu filho a isso só o fará se distanciar dos livros. Cada criança tem um ritmo e, por isso, não o obrigue a fazer algo que não está com vontade no momento em que você julgar propício. É preciso jogo de cintura, um certo "jeitinho" na hora de inseri-lo nesta prática. Que tal criar a Hora de Leitura? Comece sugerindo um dia e horário para isso. Pergunte o que ele acha. Lembre-se que ler é um hábito e nada melhor do que inclui-lo na rotina.
  5. Se ler é brincar... chegou a sua hora de exercitar a criatividade! Sugira brincadeiras em torno da temática dos livros e/ou textos que estiverem trabalhando. Estimule o seu filho a criar novas ilustrações ou até mesmo imaginar novos finais para a estória. Brinquem com os personagens, com suas falas ou seus comportamentos. Há uma infinidade de formas de mostrar o quanto é divertido ler.

Tenho certeza que após essas dicas você vai conseguir despertar no seu filho a figura de um leitor curioso e em pouco tempo será ele quem vai lhe convidar a adentrar no universo da sua imaginação. Experimenta!

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Rumo ao lançamento.

13/06/2011 19:37

 No primeiro semestre do ano de 2010 tive vontade de escrever um livro para crianças. Até então, eu passeava pela poesia, por contos e romances para adultos, mas escolhi o livro infantil para ser a minha primeira publicação através de uma editora. Confesso que ainda não sei o motivo que me fez querer começar assim.

Escrevi a estória da Nicola durante o final do outono quando eu ainda morava em Teresópolis/RJ. Além de ter como inspiração a minha sobrinha-princesa Sofia, o vale que me cercava foi o cenário perfeito para compor a fábula. Da janela do escritório eu observava diversas borboletas de todas as cores e tamanhos. Passei um bom tempo admirando o bailar e o percurso de cada uma delas e acabei batizando algumas que sempre vinham beijar as flores do jardim.

Assim, "Nicola, a borboleta de uma asa só" foi nascendo. Percebi que seria lindo poder publicar este livro, mas faltava alguém que pudesse ilustrá-lo com maestria. Eu precisava de uma fada... Isso mesmo que você leu! Eu precisava urgentemente de uma fada capaz de materializar a Nicola e os outros personagens dessa estória. Tenho certeza que a Natureza ouviu o meu pedido quando me trouxe a Thaís Leão, artista plástica, estilista, filha da minha amiga e também escritora Gloria Leão.

Thaís recebeu o meu pedido com muito carinho e entreguei Nicola em suas mãos. Deixei-a livre para criar as ilustrações e dar asas à sua imaginação. O casamento foi perfeito! Tenho muito orgulho em dizer que todos os desenhos do livro foram realmente feitos à mão (nada de recursos digitais). A pintura aquarelada deu um toque maravilhoso ao trabalho e, ao folhearmos o livro, somos capazes de sentir o amor dedicado em cada traço.

A revisão foi feita por Cristina Viegas que, além de cunhada é uma grande amiga. Assim que terminei de escrever Nicola, confiei-lhe o meu original para que os devidos acertos ortográficos fossem feitos. Eu precisava de um olhar mais apurado para este trabalho e não poderia ser o olhar de qualquer um. A participação dela neste processo foi muito importante.

Com todo o conteúdo dentro das exigências da editora, eu também precisava de alguém para fazer a apresentação do livro. Mais uma vez, eu precisava de alguém disposto a desempenhar esse papel. Eu queria uma pessoa que fizesse isso de forma carinhosa, com a mesma energia positiva que os demais envolvidos neste projeto. Assim, pensei na atriz e escritora Erika Evanttini. Eu havia lido o seu livro recentemente e gostei demais do seu estilo de escrita. Erika gentilmente aceitou o meu convite e o meu original foi parar em suas mãos. Me encantei com a forma que ela apresentou Nicola ao leitor.

Após nove meses de trabalho editorial, finalmente, a borboleta de uma asa só nasceu em 11 de junho de 2011, numa noite de autógrafos repleta de felicidade. Pessoas importantes na minha vida foram brindar o nascimento comigo. As crianças foram um espetáculo a parte. Oferecemos cupcakes e uma trilha sonora fabulosa! Foi um momento mágico. A metamorfose de uma entusiasta que virou oficialmente escritora.

 

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